Kátia Lôbo, Presidente do PMDB Mulher-RJ
a realização rA Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou no dia 23/08 por unanimidade o parecer do relator, deputado Samuquinha (PR), ao projeto de lei 251/11 dos deputados Rafael Picciani (PMDB) e Bernardo Rossi (PMDB) que institui o programa estadual de vacinação contra o vírus HPV – Human Papiloma Virus – no Estado do Rio. O projeto, sugerido pelo PMDB-Mulher aos parlamentares do partido, objetiva reduzir a incidência do câncer de colo de útero. Ele segue agora para as comissões de Saúde e Finanças, mas seus autores pediram urgência em sua votação em Plenário e, neste caso, poderá receber pareceres das comissões durante a sessão.
“Esta é uma reivindicação antiga. A vacina previne essa doença e hoje só está disponível na rede particular e custa R$ 400”, explicou Kátia Lôbo, presidente regional do PMDB-Mulher, elogiando a iniciativa dos jovens deputados peemedebistas. “É bom vermos jovens deputados engajados nesta luta contra o HPV. A vacina é mais eficaz em meninas que ainda não iniciaram sua vida sexual”, diz.
Se for aprovado em discussão única, o projeto seguirá para a sanção do governador Sérgio Cabral, que tem 15 dias para analisá-la. O próximo passo será o Estado regulamentar o programa, definindo a idade mínima das mulheres para a vacinação e garantindo ampla divulgação da campanha.
O HPV é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns no mundo, e um dos principais responsáveis pelo câncer decolo de útero. Estudos no mundo comprovam que 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Porém, a maioria das infecções é transitória, sendo combatida espontaneamente pelo sistema imune, principalmente entre as mulheres mais jovens. Qualquer pessoa infectada com HPV desenvolve anticorpos (que poderão ser detectados no organismo), mas nem sempre eles são suficientes para eliminar o vírus.
A vacina foi criada com o objetivo de prevenir a infecção por HPV e,desta forma, reduzir o número de pacientes que venham a desenvolver o câncer de colo de útero. Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos mais presentes no câncer de colo do útero (HPV-16 e HPV-18). Mas o real impacto da vacinação contra o câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Há duas vacinas comercializadas no Brasil. Uma delas é quadrivalente, ou seja, previne contra os tipos 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero e contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos 16 e 18.
É fundamental deixar claro que a adoção da vacina não substituiráegular do exame Papanicolau (preventivo). Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema que pode ser combatido com a vacinação coletiva.
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