quarta-feira, 17 de março de 2010

PROPOSTAS PARA UM PAÍS VIÁVEL.

Em razão dos fatos negativos que a todo o momento chegam ao conhecimento da
população, deixando-nos estarrecidos e fazendo aflorar o sentimento de indignação
e revolta, que contribuem para o aumento da percepção de que a política por parte
da grande maioria da sociedade seja vista como um espaço para a prática do
corporativismo, clientelismo e corrupção. Percebe-se claramente que o sistema
eleitoral e partidário esta visivelmente abalado em razão de ser viciado e viciante.
O sentimento é de estarmos vivendo um vazio de lideranças políticas autênticas e
de pessoas éticas. Com esse vazio abre-se espaço para os aventureiros e
oportunistas de plantão, “personalidades pequenas” que no vácuo político,
provocado pela descrença nos políticos e na instituição partidária, aproveitam-se
para iludir a boa fé das pessoas, em alguns casos até pessoas esclarecidas,
utilizando-se das suas carências e necessidades como um trampolim para
realização de seus projetos pessoais, motivados por razões inconfessáveis, sem
atentarem, em nenhum momento, para a urgência das soluções exigidas por essas
carências, aprofundando, mais radicalmente, o fosso existente entre a sociedade e
aqueles que exercem a atividade político-partidária, vital para a estabilidade social
e cuja finalidade precípua é a consecução do bem comum.
Para mudar este panorama desalentador, é necessário que entre para a política
cada vez mais pessoas que de fato tenham um compromisso claro e efetivo com as
lutas pelas transformações éticas, políticas e socioeconômicas que garantam os
Amaury Cardoso
Físico do IMETRO / IPEM-RJ
Pós-Graduado em
Administração Pública e
Políticas Públicas e Governo.
Pós-Graduado em Gestão
Pública.
Membro e Delegado do
Diretório Municipal / Rio e do
Diretório Estadual/RJ do
PMDB. Presidente da FUG-RJ
avanços necessários para se chegar a uma sociedade que satisfaça ao ideário de
justiça social que garantam a minimização dos conflitos; pessoas que não aceitem a
política como ela é hoje, mas crêem no que ela pode vir a ser amanhã.
Que todos sejam tratados como pessoas comuns sem privilégios,
independentemente das suas biografias, pois no dizer de Ruy Barbosa somos todos
iguais respeitadas às diferenças. Que não se admita que os fins justifiquem os
meios, que não haja “poderes paralelos” e nem qualquer outro tipo de ardil para
se esquivar dos padrões éticos, mantenedores do equilíbrio social que só o império
da lei garante. Que não se julguem os políticos só pelos do que eles fazem durante o
mandato, e sim pelo que eles fizeram durante a vida. Caráter e ética não tem prazo
fixo, são virtudes cultivadas por toda a trajetória de uma pessoa.
Acesso a informação, e educação de qualidade são uns dos caminhos para a
mudança, pois só será possível lograr êxito nas grandes transformações ansiadas
pela sociedade, se dotarmos as pessoas com o instrumental necessário para a
realização desta gigantesca tarefa.
Precisamos, antes de tudo, refletir sobre os obstáculos que impedem o Brasil de
ser, definitivamente, o país do presente e não ficarmos na condição de ser o país do
futuro. Para que isso ocorra acreditamos que sejam priorizadas algumas medidas,
tais como:
-A modernização da gestão pública;
-Reforma tributária (com obrigatória redução de impostos para os setores
produtivos da economia);
-Reforma política (ampliar a democratização, aperfeiçoando as instituições com a
alteração da elite política);
-Reforma eleitoral (com a rediscussão do voto obrigatório);
-Reforma educacional (com destaque para a democratização do acesso a
universidade, incentivo ao ensino técnico e aperfeiçoamento dos parâmetros
curriculares nacionais, investimento na qualidade de ensino, não se devendo
esquecer das bibliotecas e salas de leitura “que conservam o passado e o presente
para o futuro”, destaque para melhor formação no ensino básico);
-Melhoria na infraestrutura para dinamizar a economia;
-Revolução na governança das grandes áreas metropolitanas, pela implementação
de políticas públicas em consonância com as reais necessidades da população.
O setor público ainda segue caminhos que passam longe da palavra produtividade.
Ressalvem-se as exceções como algumas empresas e bancos estatais. Mas, o serviço
público não calcula resultados e nem presta contas de eficiências, quer seja ao
governo, seu gestor; quer seja o povo seu dono.
Nos últimos oito anos o Brasil teve um desenvolvimento positivo em muitos
aspectos. Ouve avanço no combate a pobreza, com inegável aumento do padrão de
vida das classes subalternas, e sensível melhora na alimentação. Na educação,
diminuiu a desigualdade entre grupos de diferentes faixas de renda, gênero, etnia e
região. Ouve sem dúvida, uma melhora razoável, mas a desigualdade ainda
persiste. Os maiores fatores de preocupação no Brasil são a falta de qualidade e a
desigualdade nas escolas.
A educação tem influencia direta sobre a posição do país no IDH. Para manter o
crescimento, precisamos de um sistema de ensino que funcione. Quanto mais a
economia cresce, mais se percebe a falta de quadros qualificados para o mercado
de trabalho, sobretudo nas áreas de engenharia, tecnologia, informação e
telecomunicações. Não dá para construir uma economia forte e inclusiva com
escolas de baixo padrão. É como construir um prédio sem antes fazer sua base.
Se não forem adotadas políticas públicas com fortes investimentos visando
alcançar um ensino de qualidade em todos os níveis, o crescimento do país será
estrangulado pela limitação no campo da educação. Sem investimento em massa na
qualidade das escolas, principalmente no ensino básico e técnico, o crescimento do
Brasil estará comprometido.
É imperioso para o país construir um sistema público de educação que funcione do
básico ao universitário.
É claro que um fator importante a ser tratado com seriedade é a formação e o
aperfeiçoamento da qualificação dos professores; amadurecer um bom currículo
em todos os níveis de ensino; desenvolver e disseminar práticas em sala de aula que
facilitem o aprendizado, estimulando o interesse do aluno.
Não pretendemos ser os donos da verdade, apenas sinalizamos que há luz no fim
do túnel, e que com união e competência, é possível fazer do Brasil um país viável.
Amaury Cardoso
e-mail: amaurycardosopmdb@yhaoo.com.br
Blog: www.amaurycardoso.blogspot.com

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