Jane, Elisabeth, Socorro, Marina, Dilma: mulheres!
Com a palavra o mais intelectual e preparado parlamentar do Piauí e um dos mais respeitados do Brasil, deputado federal Paes Landim. Dizia que o ex-presidente Francês, por mais de 14 anos, Françoa Mitterrand, costumava afirmar que este século seria das mulheres e da espiritualidade. Porque no século anterior vivemos muito a exaltação ao capital especulador ou não e nos afastamos da religião.
Também que as mulheres mais organizadas, disciplinadas e de maior responsabilidade na criação familiar da humanidade, sempre colocadas em segundo plano nas organizações políticas e empresariais, era chagada sua hora. Sem esquecer a importância, óbvia, da educação neste século.
Não tenho a menor dúvida que se a candidata Marina Silva tivesse metade do tempo de TV do candidato tucano e recursos de campanha ela o teria ultrapassado. Não posso deixar de registrar que o PMDB, maior partido do País, tão atacado pela mídia, teve a frente uma mulher, deputada Iris de Araújo. Em virtude do desapego do presidente Michel Temer por cargos e status. Qual a agremiação partidária “dos grandes” tem essa postura vanguardista? Depois invejam nosso tamanho e nossas bancadas.
Vejo no Rio de Janeiro e no Piauí as mulheres em postos de comando na Polícia Militar, judiciário, grandes empresas, postos antes somente ocupados pelo sexo masculino. As campeãs do axé music Ivete Sangalo e Cláudia Leite, da veterana Daniela Mercury. Todas com extrema competência em suas profissões superando os homens.
Convidado, como engenheiro, para a apresentação do PAC no Piauí, há cerca de dois anos, ficou impressionado com a desenvoltura e comando da então Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, na mesa de honra a frente de pelo menos 13 homens. Eram deputados federais, senadores, prefeitos, governador e ministros importantes. Auditório majoritariamente masculino. A “orquestra” era plenamente regida pela única mulher à mesa.
Sempre disse para minha amada esposa Elisabeth, jornalista das mais competentes, que ela só não poderia ter ciúmes de minha querida mãe Jane. Pois essa disputa era descabida e sem vencedoras. Aliás, uma mãe perfeita, sem retoques. Será que um ser humano pode ser mais apaixonado por outra pessoa que não seja a sua mãe? É impossível. É uma questão de convivência e apego, ninguém me conhece e cuidou melhor de mim do que ela. Inclusive, abdicando de carreira profissional para cuidar da família, como tantas mulheres no Brasil. Mais uma vez - e sem concorrência - temos as mulheres em nossas vidas em condição ímpar.
Quem não se lembra das professoras sempre presentes em nossa formação? Como é bom para Timon (MA) ser administrada por uma ex-deputada e professora universitária, a prefeita Socorro Waquim. Como a mesma diz, “a mulher de hoje tem que matar três leões por dia: trabalhar, cuidar da família e estar sempre bonita para o marido”.
Mulheres, mulheres da Inglaterra, sempre inovadora, com Margaret Thatcher no poder por mais se uma década; da Índia com Indira Gandhi; da chanceler Angela Merkel, a primeira mulher a presidir um governo da nova Alemanha. Nas Américas, o grande exemplo da primeira-dama, senadora Hillary Clinton, hoje, Secretária de Estado dos EUA. Também na América do Sul, temos os exemplos de Michelle Bachellet, ex-ministra da Saúde e da Defesa e ex-prisioneira política da ditadura do general Augusto Pinochet, a primeira presidente mulher do Chile; de Cristina Kirchner eleita 55ª presidente da Argentina, a primeira mulher eleita pelo voto direto no vizinho país.
Sem sombra de dúvidas, as mulheres têm uma oportunidade especial nessa corrida presidencial, resta saber se o maior eleitorado, o feminino, tem noção de sua capacidade. É hora de uma mulher governar o Brasil? Sim.
Henrique Pires engenheiro civil, formado em direito e conselheiro da FUG
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