terça-feira, 21 de julho de 2009

25 de Julho - DIA DA MULHER NEGRA, LATINO-AMERICANA E CARIBENHA.

- Justificativa: A proposta do presente evento justifica-se pela importância de dar visibilidade às Mulheres Negras no Âmbito dos partidos políticos a exemplo todos os outros espaços dos movimentos sociais seguindo a sua orientação, visto que a maior arma do racismo é a invisibilidade e o anonimato. Mulheres Negras tem construído a história deste partido, ladeadas às Mulheres não negras, lutando nas trincheiras tendo como sustentação a chama, fazendo com que ela nunca se apague. São Mulheres Negras de diversos lugares do estado com vários matizes de epiderme, que travam o enfrentamento e lutam contra as desigualdades de gênero e raça. Introdução: Breve histórico da origem deste dia: Em 1992, na República Dominicana, Mulheres Negras de diferentes países da América Latina e do Caribe se reuniram em Santo Domingo, com o objetivo de discutir temas de interesse e da realidade da comunidade negra desta região da Diáspora em busca de alternativas que permitissem o enfrentamento do racismo, sexismo e diversas formas de discriminação que as Mulheres Negras sempre sofreram no decorrer da história. A delegação, representada por treze brasileiras, teve importante atuação em defesa das Mulheres Negras do nosso país e na fundação da Rede de Mulheres Afro-caribenhas e afro-latinas. Neste encontro, em articulação com as demais delegações, funda-se a rede de comunicação entre os países e fica definido o Dia 25 de julho, como o Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, cujo objetivo foi garantir maior visibilidade e fortalecimento da luta das Mulheres Negras. Além da aprovação deste dia ficou deliberado, também, que anualmente, as instituições de Mulheres Negras, realizariam atividades e celebrariam esta data como forma de trazer para o debate às políticas públicas com recorte étnico-racial e de gênero. No ano de 1996 na cidade de São José - Costa Rica, durante o II Encontro de Mulheres Afro-caribenhas e Afro-latino-americanas, ficou definido que o Brasil comporia, com sete Mulheres, a coordenação da Rede Latino-Americana e Caribenha, contemplando quatro regiões brasileiras. – Fundamentação: A história deste país circunscrita siglas partidárias que, inegavelmente, tiveram seu papel no avanço da democracia. Desde o MDB, este tem sido um partido que define momentos importantes da história deste país. O PMDB não tem se furtado a assumir compromissos e incorporar ações em consonância com a conjuntura política. Com bandeira efetivamente democrática, é coerente que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro tenha suas pautas ampliadas para o olhar da Mulher Negra, considerando que não há democracia enquanto as injustiças sociais forem reedificadas e, o racismo, em especial tem como principal mecanismo, a invisibilidade das identidades e ações deste grupo étnico, majoritariamente. Apesar de toda sua história como alicerce de construção da democracia Brasileira, muitos Partidos Políticos ainda não consolidaram em seus estatutos o reconhecimento do Movimento Negro Partidário e nem as propostas focadas nas pautas que devem nortear as Políticas Étnico-Raciais e de gênero, visando a implementação das pautas já propostas pelo Movimento Negro Organizado desde a década de 1970 e estruturadas na Conferência de Durban (África do Sul, 2001), garantidas na Carta de Durban Aprovada na Assembléia final, cuja qual o Brasil é país signatário. Neste momento, alguns Partidos Políticos, vivem no seio de sua militância uma fase de mobilização emergente de vontade política de efetivação das propostas deste segmento da sociedade que representa 43% da população Fluminense, segundo censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2001, de população declaradamente Negra. Ressalte-se que, considerando que passamos por um momento de afirmação de nossa Negritude bem como a quebra do mito da Democracia Racial – que busca garantir a igualdade de condições sem considerar as diferenças – este percentual pode ser superior. Considerando todos estes condicionantes históricos a invisibilidade se apresenta de forma diferenciada para as Mulheres Negras em seus municípios, assim distribuídas: • Metropolitana 44,64% • Norte Fluminense 41,20% • Noroeste Fluminense 38,40% • Serrana 27,04% • Baixadas Litorâneas 41,86% • Médio Paraíba 40,64% • Centro-Sul Fluminense 42,92% • Costa Verde 41,29% Fonte: IBGE/Fundação CIDE, 2004

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