O SR. ALBERTO OLIVEIRA (PMDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:
Quero reforçar aqui a manifestação do líder da bancada do PMDB, deputado Gilberto Capoani.
O que está ocorrendo hoje em nosso País impõe uma reflexão muito maior por parte de cada um de nós, agentes políticos que aqui, no Palácio Farroupilha, com muito orgulho, representou os gaúchos.
Não temos dúvida de que esse ambiente altamente nocivo à imagem do homem público, à seriedade pública, à dignidade pública, valores que devem ser exemplo para os brasileiros, atinge cada um que exerce uma função pública, independentemente de partido. Percebemos a preocupação dos que a exercem com zelo e dedicação. E não é diferente aqui nesta Casa.
A nossa nota é de apoio a uma figura pública respeitada por todos os partidos, por todas as lideranças, pelos meios de comunicação. O senador Pedro Simon, aqui nesta Casa, ao longo de mais de 16 anos, orgulhou os gaúchos; no Senado da República, igualmente assim tem sido; e, no Palácio Piratini, como governador, assim foi por quatro anos.
Tive a felicidade de conviver ao seu lado como seu chefe de gabinete e pude, no dia a dia, acompanhar uma biografia que tem exemplos, que tem história e que não merece manifestações como as que ocorreram ontem no Senado da República, local onde deveriam ocorrer os debates mais elevados de interesse da Nação. São manifestações que denigrem e que impõem uma reflexão e uma postura muito firme de nossa parte.
Não concordamos com várias partes da história do senador José Sarney, mas respeitamos o fato de ter sido presidente do nosso País, quando era para ter sido Tancredo Neves. Lembro que, no dia 14 de março de 1985, estava em Brasília para assistir à posse de Tancredo Neves. Naquele dia, Tancredo Neves foi para o hospital e assumiu, por um infortúnio da vida e da história, o senador José Sarney.
Por ter exercido duas ou três vezes o Senado da República, o senador José Sarney poderia ajudar a melhorar a imagem daquela Casa.
Preocupa-nos muito o fato de que nenhum dos quatro últimos ex-presidentes do Senado, por vários motivos que a história registra, tenha concluído seu mandato.
O senador Renan Calheiros teve, ontem, uma atitude completamente desproporcional diante do gesto do homem público Pedro Simon, que pediu, em nome da imagem do Senado, a renúncia do atual presidente José Sarney; pediu que S. Exa. renunciasse em nome de sua própria biografia, que, assim, ainda poderia ter algo preservado. O próprio senador Renan Calheiros já havia renunciado à presidência da instituição em outro momento da história recente do Brasil, o que teve que fazer para não perder seu mandato.
Já o senador Fernando Collor, que ainda jovem teve a oportunidade de se eleger presidente da República pelo voto direto – graças à luta que o senador José Sarney e tantos outros não ajudaram a desenvolver, mas pela qual o senador Pedro Simon e tantos brasileiros se empenharam, auxiliando no sentido de que pudéssemos ter eleições diretas –, envergonhou a história deste País: ao se eleger presidente, fez com que o primeiro impeachment brasileiro se processasse em função de sua vida pública.
O senador Fernando Collor não é digno, ou melhor, não tem memória e nem história para fazer o que fez ontem. S. Exa. poderia ter-se recolhido, naquele momento, ao espaço que tem dentro do Senado, o qual já é muito bom, aproveitando para, quem sabe, reconstruir a sua biografia diante dos brasileiros.
A polêmica à qual assistimos ontem merece, independentemente de partidos, uma preocupação maior. Devemos refletir a respeito do que isso está significando para a vida dos políticos como um todo.
A nota da bancada estadual do PMDB, não tenho dúvida, é também a nota de grande parcela dos gaúchos, que neste momento sabem que têm, na figura do senador Pedro Simon, uma referência no Congresso Nacional.
FONTE: INFORMATIVO ON LINE - EDIÇÃO ESPECIAL
O PMDB Mulher do Rio Grande do Sul manifesta seu irrestrito apoio ao senador Pedro Simon. O Brasil conhece a biografia do senador Pedro Simon que, em 55 anos de vida pública, nada tem a esconder na sua biografia política e econômica, alicerçada no trabalho honesto, ético e respeitoso, ajudando a construir as mudanças necessárias no nosso país.
ResponderExcluirLamentamos profundamente a nota divulgada pelo Presidente Nacional do PMDB, assim como de sua Vice-Presidenta quando sugerem aos militantes éticos do partido (que na nota são chamados de dissidentes) que abandonem o partido. Não seriam realmente dissidentes os que visam apenas interesses particulares e usam a sigla do PMDB como moeda de troca?
Sarney conhece a história do MDB e do PMDB, mas não foi protagonista das conquistas que alcançamos com muita luta junto com o povo brasileiro. O restabelecimento da democracia, a liberdade de imprensa, as eleições diretas são conquistas de que não abrimos mão, pois elas custaram a vida de muitos brasileiros. Na história de nosso partido são dissidentes os que praticam atos secretos, os que não defendem a candidatura própria para presidente, os que manipulam decisões partidárias, os que não respeitam a vontade dos milhões de militantes que construíram o partido, não para ser troca de moeda com o governo, mas para representar e defender os reais interesses da sociedade brasileira.
As mulheres peemedebistas do Rio Grande do Sul, conscientes do seu papel e da sua responsabilidade, perante a Nação Brasileira, continuam defendo a ética na política, e não aceitam o papel de dissidentes, pois, nos princípios de nosso partido a ética, a honestidade, a responsabilidade, o compromisso com os trabalhadores que constroem essa nação, são os elementos balizadores das ações de todos militantes que orgulham o PMDB. Os chamados dissidentes, pela direção nacional do PMDB, não deixarão o partido.
A direção nacional precisa afastar aqueles que utilizam o poder que o povo lhes concedeu nas urnas para legislar em causa própria e cuidar de interesses particulares.
Temos a convicção de que o nosso PMDB, que construiu a sua história e tem o respeito do povo brasileiro, inicia mais uma grande batalha. Vamos dar um basta à corrupção. Vamos usar o sagrado direito do voto para renovar o Congresso Nacional.