quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MULHERES QUEREM POLÍTICAS DE SEGURANÇA PÚBLICA COM FOCO NA PREVENÇÃO.

Brasília


- Mulheres querem que as políticas de segurança pública levem em consideração os direitos humanos e estejam voltadas para aspectos de prevenção, com foco na comunidade, família, educação. Essas foram algumas das conclusões de um estudo apresentado hoje (26) pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (Seppir) que contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), da Fundação Frederich Ebert Stiffung e do Ministério da Justiça. O estudo será apresentado durante a 1ª Conferência Nacional de Segurança (Conseg).


Entre as diretrizes para melhorar a segurança pública sugeridas pelas mulheres estão a necessidade de levar em consideração aspectos como gênero e direitos humanos, além de priorizar a prevenção da criminalidade com foco na família, comunidade, escola e saúde.

Elas também acreditam que a política de segurança pública deve ser realizada em conjunto com a comunidade de maneira a garantir a participação das mulheres e respeitar as realidades locais. Para as mulheres, a construção de uma cultura de paz deve estar pautada no direito às diferenças e na liberdade. A elaboração de políticas de segurança também deve ter entre suas prioridades o enfrentamento à violência doméstica.

“Para o UNIFEM é fundamental assegurar que a agenda das mulheres brasileiras seja colocada de forma correta na 1ª Conseg. O Programa Cidades Seguras tem investido no debate público e gerado propostas sobre violência de gênero, além de incidir nas políticas públicas de vários países”, aponta Júnia Puglia, ao referir-se às estratégias do Programa Cidades Seguras: Violência contra as Mulheres e Políticas Públicas que apoiou a realização do estudo.

A ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, disse que é dever do Estado fazer com que essas políticas públicas sejam feitas levando em conta o diálogo com a comunidade.

O estudo Mulheres: Diálogos Sobre Segurança Pública entrevistou 213 mulheres de sete cidades das cinco regiões do país, de todas as classes sociais e de diversas ocupações. A maior parte delas, 61%, tinha entre 40 e 69 anos; 20% entre 30 e 39 anos; 17% entre 20 e 29 anos e 2% entre 15 e 19 anos.

Segundo o representante do UNODC (Escritório sobre Drogas e Crimes das Nações Unidas), Bo Mathiasen, "é preciso não só valorizar, como também ampliar a participação das mulheres na parceria entre sociedade civil e poder público, estimular seu protagonismo estratégico na transformação das políticas públicas de segurança e na construção de uma cultura de paz".
Agência Brasil.

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